O Procurador-Geral da República defendeu, esta sexta-feira, uma maior colaboração e concertação entre os órgãos da polícia Criminal para efeitos de realização de acções de prevenção e investigação criminal, “assim como encontra-se estipulado na Lei de investigação Criminal e na Lei de Execução de Política Criminal”.
“Na prática, não constitui segredo para ninguém que, a cooperação e a concertação entre os Órgãos de Polícia Criminal, ainda deixa muito a desejar, com tendência para regredir com prejuízo para a investigação criminal, o que não pode acontecer”, disse.
Dr. Luís Landim que discursava na sessão de encerramento da 2ª fase de formação em análise de informação criminal que deccorreu de 25 a 29 de outubro, destinada aos magistrados do Ministério Público, investigadores da Polícia Judiciária e da Polícia Nacional, salientou, ainda, que que a política criminal deve ser entendida como uma política de reação de determinados riscos de natureza criminal, que o Estado adopta relativamente ao crime como forma de garantir a segurança interna através da articulação conjunta entre o sistema judicial e as demais forças de segurança.
Neste sentido, para um combate “eficaz” da criminalidade em Cabo Verde, segundo o Procurador-Geral da República, é imprescindível uma actuação “concertada” dos órgãos da policia criminal, reconhecendo, no entanto, que as questões devem ser resolvidas internamente.
Disse ainda que a resolução dos picos de criminalidade na Cidade da Praia deixa claro que esta partilha de informação e concertação entre os órgãos da policia criminal e o Ministério Publico e as autoridades judiciais só se revertem em benefícios para a intervenção e investigação criminal.
“Estou certo de que esta formação terá contribuído para perceber e interiorizar esta situação e que a partilha de informação e a concertação não são uma opção, mas uma necessidade”, concluiu.